quarta-feira, 11 de abril de 2012

A meta é ter 250 mil empresários, como são chamados seus consultores, até 2014.


Amway do Brasil ainda é uma coadjuvante

O diretor Ricardo Castro:
 "O Brasil é importante
pelo potencial de crescimento"
Segunda maior empresa de vendas diretas do mundo e líder em mercados como China e Índia, a americana Amway ainda tem um longo caminho para percorrer no Brasil. Apesar do crescimento acelerado nos últimos anos - a receita aumentou 96% em 2011 e 115% em 2010 -, a varejista de higiene, limpeza, beleza e nutrição tem apenas 0,1% do mercado brasileiro de venda direta, segundo dados da consultoria Euromonitor.
De acordo com Ricardo Castro, diretor-geral da Amway Brasil, a operação pode dobrar de tamanho novamente este ano. O ritmo de crescimento aumentou depois de 2009, quando a empresa reconheceu que precisava de uma estratégia mais focada na América Latina. O projeto incluía o desenvolvimento de produtos para o mercado local, novos planos de incentivos para os revendedores, um novo programa de treinamento e a criação e espaços físicos para divulgar a marca. Hoje a empresa tem seis "centros de experiência", em São Paulo, Rio e Recife.
Para 2012, o foco será o desenvolvimento de um plano logístico. A companhia inaugurou em março um centro de distribuição em Jundiaí (SP), com cerca de 4 mil m² e investimentos de aproximadamente R$ 2,7 milhões. A nova unidade substitui a antiga instalação em Barueri (SP) e distribui produtos para todo o país.
"Teremos possivelmente um centro de distribuição para atender a região Norte-Nordeste e outro para o Centro-Oeste", diz Castro, que afirma ainda não existir projetos para isso. Fazer parcerias com operadores logísticos é também uma alternativa para regionalizar a distribuição.
A Amway, criada em 1959, está há vinte anos no Brasil, onde tem cerca de 50 mil revendedores - o mesmo patamar de 2005. Na década de 90, a empresa chegou a ter um exército de 200 mil pessoas. A meta é ter 250 mil empresários, como são chamados seus consultores, até 2014. Em termos de receita, a operação brasileira pretende estar entre os dez primeiros mercados da Amway no mundo e faturar entre R$ 300 milhões e R$ 500 milhões em 2015, diz Castro.
No mundo, os suplementos vitamínicos da marca Nutrilite representam 43% das vendas, que somaram US$ 10,9 bilhões em 2011, em crescimento de 17% sobre 2010. No Brasil, a composição das vendas é diferente. A categoria de cuidados para o lar, formada por produtos de limpeza biodegradáveis e superconcentrados, é responsável por 40% do faturamento e foi a que mais cresceu no ano passado: 123%.
O mercado asiático representa 70% da receita da multinacional, enquanto a América Latina, apenas 5%. "O Brasil é importante para a Amway pelo potencial de crescimento", diz Castro. Venezuelano, ele está há 14 anos na empresa e deixou o comando da operação no seu país de origem para assumir a unidade brasileira em 2010. (AM)


Fonte: http://www.valor.com.br/empresas/2603640/amway-do-brasil-ainda-e-uma-coadjuvante