domingo, 27 de março de 2011

Vendas diretas estão em alta

Grande vantagem nesse mercado é o relacionamento criado entre marca – representada pelos chamados revendedores, consultores ou representantes – e consumidor.

Venda direta conta com profissionais de todos os perfis, independente da idade e do sexo, que têm em comum a vontade de empreender.

Rio de Janeiro - O setor de vendas diretas atrai cada vez mais empresas. Apesar do principal segmento ainda ser o de cosméticos, com gigantes como Avon e Natura, é possível encontrar marcas de categorias diversas, como bebidas, alimentos funcionais e até mesmo colchões. O aquecimento do setor, que tem mantido um crescimento de dois dígitos nos últimos 10 anos, também impulsiona o surgimento de novos players.
É o caso do Grupo Boticário, que anunciou recentemente o lançamento da marca Eudora, de olho num mercado que cresceu 17,2% em 2010, acumulando um faturamento de R$ 26 bilhões no período, segundo dados da Associação Brasileira de Vendas Diretas (ABVED). Apesar de ter como principal target os consumidores da classe C, as marcas que investem no setor acabam por atrair os mais diferentes perfis de clientes.
Um dos principais diferenciais do canal é também um exemplo a ser seguido pela indústria e pelo varejo, de forma geral. A palavra de ordem na venda direta é “relacionamento”, que se desenvolve fortemente entre marca – representada pelos chamados revendedores, consultores ou representantes – e consumidor. Para isso, as empresas investem fortemente em estratégias de treinamento e capacitação.

Relacionamento em cadeia
Entre os mecanismos adotados estão, principalmente, a realização de eventos, reuniões de negócios, conferências, seminários e programas de incentivo. Independente da estratégia adotada, o importante é transmitir para o revendedor a cultura da marca e dar base para que ele seja o melhor amigo do cliente na hora da compra, orientando e passando todas as informações necessárias sobre os produtos.
“A venda direta é uma venda por relacionamento. Uma cadeia em que todo mundo confia na indicação de outra pessoa. Esse é o segredo do sucesso”, conta Roberta Kuruzu, diretora executiva da ABEVD. Hoje em terceiro lugar no ranking mundial, ultrapassado apenas por Estados Unidos e Japão, o Brasil tem se mostrado um terreno fértil para quem quer investir no canal.
Em parte, a evolução do setor se deve à desmistificação de alguns preconceitos comuns à área. Um deles é a questão da informalidade. Os profissionais evitam, inclusive, o velho termo “porta a porta” para que os consumidores não confundam e entendam que os produtos oferecidos têm qualidade certificada e procedência conhecida.

Oportunidade para empreender
O crescimento do setor das vendas diretas também não está atrelado apenas a períodos de crise econômica, como se costumava pensar no passado. “Antes, o chefe de família perdia o emprego, por exemplo, e entrava no modelo de negócios. Numa emergência, as pessoas acabavam optando por isso. Mas ao longo dos anos temos visto que não é bem assim. Mesmo em períodos estáveis, continuamos crescendo. Não se pode mais atribuir que a venda direta vem amenizar problemas econômicos”, explica Roberta.
O modelo, no entanto, é sem dúvida uma importante fonte de renda para as famílias. No último ano, as vendas diretas foram responsáveis pela geração ou complementação de renda para 2,74 milhões de brasileiros, uma soma 12,2% superior a 2009. Já em relação à produtividade média dos revendedores em atividade em 2010, o crescimento foi de 4,4% comparado ao período anterior.
Mas de forma geral, a venda direta conta com profissionais de todos os perfis, independente da idade e do sexo, que têm em comum a vontade de empreender. “A venda direta como um todo atrai pessoas empreendedoras, é um negócio independente."






quarta-feira, 16 de março de 2011

Desemprego zero *por Tom Coelho

No início dos anos 1990, experimentei o sabor amargo do desemprego. Por opção, eu deixava um cargo de gerência de filial numa empresa exportadora de café, onde desenvolvera ao longo de apenas dez meses um trabalho que a alçou da 45ª para a 21ª posição no ranking das maiores exportadoras brasileiras em seu segmento.
Era o fim de um ciclo. Não havia mais espaço para crescimento dentro daquela estrutura. Foi quando cunhei a expressão “bater com a cabeça no teto”.
Tomada a decisão, fui enfrentar a frialdade do mercado de trabalho. As expectativas de uma rápida recolocação eram elevadas. Afinal, eu era jovem, impetuoso, determinado e carregava na bagagem uma série de realizações concretas.
O mundo real, no entanto, ensinou-me outras verdades. A tenra idade não era um aspecto positivo, mas uma fragilidade, pois “garotos” de 21 anos de idade não podiam ter a experiência exigida para cargos de supervisão e gerência – assim como “velhos” de 45 anos simbolizavam arcaísmo e retrocesso.
Descobri também a existência de algumas regras para entrar no jogo. A formação acadêmica sólida era a primeira delas. Isso significava, além de uma faculdade de renome, algo óbvio: o curso superior concluído. E eu abandonara meus estudos para assumir o cargo que me fora ofertado, pois seria exercido em outro Estado da federação.
Aprendi, ainda, a irrelevância de dominar o idioma pátrio, na linguagem falada e escrita, ante a fluência em inglês de outro candidato, o qual estaria sempre anos-luz à frente, mesmo escrevendo exceção com dois ou quatro “s” ou pronunciando “poblema” (sic) a cada duas frases. 
Em meio a tantas outras descobertas sobre como funciona o “sistema”, observei sete longos meses passarem diante de meus olhos. Ao longo deste período, retomei os estudos, fiz uma série de cursos práticos complementares, reduzi minha pretensão salarial. Mas ao término deste período, como não recebera nenhuma proposta concreta de trabalho, minhas reservas financeiras tinham se exaurido e a autoestima entrado em colapso.
Empreendedorismo de necessidade
Dentro deste contexto, parti para a chamada “carreira solo”. Era preciso fazer algo com o pouco de orgulho próprio que ainda me restava. Era preciso que eu me colocasse à prova. Foi assim que abracei o empreendedorismo como opção de vida. Mais do que uma necessidade, foi minha tábua de salvação. 
Duas décadas se passaram desde então. E o mercado de trabalho continua muito próximo da realidade que experienciei. As restrições quanto à idade persistem. A formação acadêmica demanda, nos dias atuais, além do curso superior completo, uma pós-graduação qualquer. O espanhol tem que acompanhar o inglês, permanecendo o português em segundo plano. 
O desemprego é um acontecimento medonho. Quanto mais ele se prolonga, mais afeta negativamente o profissional. Quando atinge um pai ou um arrimo de família, então, assume conotação sádica e perniciosa. Apenas quem vivenciou isso consegue entender o porquê do olhar opaco e dos ombros arqueados daquele que não tem a possibilidade de dizer ao mundo a que veio.  
Por isso, quero convocá-los a uma campanha pelo desemprego zero. Mas não se trata de uma moção de âmbito governamental. Trata-se de uma atitude, de um lema, de uma profissão de fé. Trata-se de cada um de nós firmarmos compromisso pessoal para buscarmos e permanecermos dignamente empregados, seja num negócio próprio ou de terceiros. Trata-se de você descobrir com a máxima urgência, acima e a despeito de tudo, qual sua vocação. E segui-la. 
Isso abrange também os “empregados-desempregados”, uma categoria de pessoas que vendem barato seus sonhos, exercendo atividades que não correspondem ao que seus corações mandam, vagando pelo mundo corporativo como almas errantes. 
Espero ver estas pessoas agraciadas pela autoconsciência, para despertarem para quem são; presenteadas pela coragem, para fazerem o que desejam; estimuladas pela ousadia, para empreenderem por oportunidade; e sensibilizadas pela emoção, para levar este princípio adiante, ofertando, sempre que possível, um novo posto de trabalho, industrializando a esperança.
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Estamos abraçando a campanha Desemprego Zero. Conheça a nossa atividade e nunca mais tenha problemas financeiros. email: info@mktmultinivel.com.br


segunda-feira, 14 de março de 2011

Venda direta se destaca no mercado

Setor cresce 11,3% em 2010 e assume papel importante na geração de empregos e renda
Sabe aquela dona de casa que leva revistinhas aos amigos, vizinhos e parentes para ajudar o marido com as despesas da casa? Aos poucos ela é substituída por mulheres preparadas, experientes e empreendedoras, que enxergam no setor o potencial de crescimento comprovado pela Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD). Um levantamento da instituição demonstrou que, em 2010, as vendas no segmento bateram recorde ao totalizar R$ 26 bilhões em volume nominal de negócios, índice 17,2% maior do que o registrado em 2009. Descontada a inflação no período, que foi de 5,9%, o crescimento real chegou a 11,3%.
Com comissões que giram entre 20% e 30%, sem contar brindes e premiações, as vendas diretas foram responsáveis pela geração ou complementação de renda para 2,74 milhões de famílias brasileiras, valor 12,2% superior ao aferido no ano anterior.
Para o presidente da ABEVD, Paulo Quaglia, o setor deve manter a tendência dos últimos dez anos e continuar a crescer na casa de dois dígitos. A projeção justifica-se, também, pelo aumento constante no número de revendedores ativos, que está perto de 2,75 milhões.
“O aumento constante no número de revendedores cadastrados revela que as vendas diretas cumprem um importante papel social em termos de geração de oportunidades de trabalho e renda”, explica.
Quaglia diz ainda que os números confirmam a solidez e a importância do setor para a economia do País.
“O aumento constante no número de revendedores cadastrados revela que as vendas diretas cumprem um importante papel social em termos de geração de empregos e renda”, comenta.
Para ele, a profissionalização dos revendedores é um dos motores que mantêm o crescimento do setor.
“Hoje, os profissionais têm consciência de que o sucesso depende da conveniência oferecida e das respostas rápidas ao comprador, além de fatores como a construção e o aumento da rede de relacionamentos o desenvolvimento de ações estratégicas, criatividade, promoções. Inclusive com apoio das mídias sociais”, defende.
Para Lucilene Gomes Rangel, de 38 anos, inovação é mesmo a palavra que define o quiosque aberto para sediar sua representação da Hermes em São Gonçalo. Antes de empreender, ela trabalhava de carteira assinada na área de Departamento de Pessoal e Financeiro quando decidiu mudar de vida.
“Percebi que se me dedicasse à venda do catálogo como no trabalho, poderia ganhar muito mais e passar mais tempo com meus filhos, meu marido e fazer meus horários, ser dona da minha rotina”, justifica.
É ela quem ensina o procedimento básico para quem tem vontade de investir na atividade.
“Para começar, basta procurar uma conhecida que seja revendedora ou entrar no site da empresa e se cadastrar. A maioria das empresas oferece treinamento e algum tipo de tutoria para as iniciantes decolarem”, revela.
Além disso, Lucilene destaca a vantagem de poder, em algumas empresas, começar a vender sem investimento inicial, o que facilita o retorno com o começo das vendas.
“O prazo concedido para pagar a compra é suficiente para a vendedora entregar o pedido e receber o valor da cliente. Assim, pode começar sem investimento inicial. Em alguns casos existe um investimento baixo, que é transformado em produtos, facilmente comercializáveis mesmo pela iniciante”, destaca.

Leia a íntegra desta matéria: http://jornal.ofluminense.com.br/editorias/empregos-e-negocios/venda-direta-se-destaca-no-mercado

domingo, 13 de março de 2011

Amway Global dispara 90% no mercado brasileiro

CDI - SP. Por Paula Cristina e Camila Abud

A Amway, líder mundial em vendas diretas multinível, anunciou um faturamento global de vendas em 2010 de US$ 9,2 bilhões, 9,5% a mais do que o registrado no ano anterior. Só no Brasil a Amway alcançou um crescimento de 90% em 2010.
Nesse ano a empresa inaugurou sua terceira loja-conceito no País, no Recife/PE. As outras duas ficam em São Paulo e no Rio de Janeiro. Essa é mais uma das iniciativas implementadas para incrementar a participação da marca o mercado brasileiro. De acordo com o presidente da Amway no Brasil, Ricardo Castro, a expectativa de crescimento das vendas nacionais é de 125% em 2011. No desempenho mundial, o destaque fica por conta dos mercados da China - líder de vendas da marca -, Índia, Coréia  e das Américas que impulsionaram os resultados positivos.
Para Steve Van Andel, presidente do Conselho da Amway Global o ano foi importante para a empresa. "A Amway aumentou sua participação na indústria de venda direta mundial e nossos principais produtos também apresentaram crescimento significativo em suas posições competitivas", avaliou.
De acordo com a Amway, a Nutrilite, divisão de suplementos de vitaminas e minerais, registrou um bom desempenho em 2010 e registrou US$ 4 bilhões de vendas no ano, o que representou 42% do total de vendas, seguida pelo segmento de beleza, responsável por 15% no ano.

Fonte: http://www.abevd.org.br/newsletter/04-03-11/10.html