terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Espetáculo do Crescimento

Volume de vendas diretas cresce próximo a 20% ao ano, e proporcionar retorno rápido a empresas e revendedores

Por Cléia Schmitz

Se você está pensando em empreender em 2011 e ainda não sabe como considere o mercado de venda direta - o chamado porta a porta - como uma boa sugestão para realizar seu sonho. Uma excelente fonte de inspiração é o paulista Marcus Clemente Souza, 34 anos, que em um  em um ano e meio de trabalho como distribuidor da MonaVie do Brasil, fabricante de bebidas premium que atua exclusivamente neste canal (vendas diretas = canal de distribuição), já fatura por semana mais de R$ 10 mil. Uma quantia razoável para quem só queria reforçar seus ganhos como franqueado de uma escola de inglês de São Caetano (SP). 
A explicação para o sucesso de Marcus está numa palavra que sintetiza a existência do mercado de venda direta: relacionamento. Em 18 meses, ele montou uma rede de 6 mil revendedores Monavie em vários cantos do País e até mesmo em outros países, como Estados Unidos e Japão. "Se ganhar R$ 1 por semana de cada um desses revendedores, terei R$ 6 mil. Mas dá para tirar muito mais", afirma Marcus. Ele está certo de que até o final de 2011 terá um desempenho dez vezes maior do que o atual, ou seja, vai faturar pelo menos R$ 100 mil por semana. 
Marcus faz parte de um exército de 2,7 milhões de revendedores ativos no Brasil 
(considerando todas as empresas que operam esse mercado no país). Ano a ano, esses consultores vêm surpreendendo com um crescimento das vendas cada vez mais próximo dos 20%. Até o terceiro trimestre de 2010, a 
Associação Brasileira de Empresas Vendas Diretas (ABEVD) registrava um faturamento de 18,5 milhões.O aumento é de 19% em relação ao mesmo período de 2009 - ano em que o canal cresceu mais de 18% em meio à crise financeira mundial. Hoje o Brasil já é o terceiro no ranking da federação internacional de venda direta, atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão. 
Com essa conjuntura, não é de se admirar que a norte-americana MonaVie, fundada em 2005, tenha escolhido o Brasil para montar sua primeira filial no exterior. “A empresa já tinha laços com o Brasil porque a base de suas bebidas é o açaí colhido aqui”, explica Maurício Patrocínio, diretor-geral da MonaVie Brasil. Em apenas dois anos e meio, a marca já conta com mais de 30 mil distribuidores, como são chamados os revendedores. Segundo Patrocínio, o desempenho tem surpreendido a matriz. A expectativa era fechar 2010 com um crescimento de 70% nas vendas, comparando a 2009. Atualmente, a empresa conta com quatro produtos: o MonaVie Original, bebida feita à base de 19 frutas; o MonaVie Colágeno, líder em vendas; o energético MonaVie E; e o recém-lançado MonaVie Nuit. “Estamos preparando para 2011 outras três boas novidades”, adianta Patrocínio. Neste ano, a MonaVie Brasil também pretente intensificar a expansão para o mercado latino-americano. Hoje a empresa já exporta seu energético para o México. Para Patrocínio, a qualidade do produto é um fator decisivo no ritmo de expansão do canal de vendas diretas. “Quem experimenta MonaVie quer consumir sempre”, garante.
Fundador e presidente da Racco Cosméticos, Luiz Felipe Rauen também acredita que só bons produtos têm vida longa na venda direta. “A pessoa pode até comprar, mas se não obter o resultado prometido, vai desistir do produto porque afinal o que ela comprou foi a promessa de um benefício”. Há 23 ano no mercado, a Racco também aposta em 2011 para dar um salto de crescimento. A meta é retornar à média histórica da empresa, de aumento de 50% do faturamento. Em 2010, esse índice chegou a 20% devido a um processo de reestruturação, incluindo a reforma da fábrica e a construção do novo centro de distribuição, ambos em Curitiba.
Hoje a Racco é vendida em todo o Brasil e também em Angola, Portugal, Estados Unidos, Bolívia e Paraguai. São 400 mil consultoras ativas, mas a meta é elevar esse número para 600 mil em 2011. “Mais do que aumentar o número de consultoras queremos impulsionar o tíquet médio de vendas, ou seja, fazer com que elas ganhem mais”, afirma Rauen. Para isso, a empresa em investido em itens com maior valor agregado. “Temos mais de 300 produtos em desenvolvimento”, destaca o empresário. Por ano, são cerca de 50 lançamentos. A empresa ainda investe pesado em mídia – em 2010 foram R$ 30 milhões – e na realização de eventos com as consultoras, mais de 5 mil por ano.

Fonte: Revista Empreendedor. Número 195. Janeiro 2011
(...) para ler a matéria na íntegra acesse:
http://www.abevd.org.br/newsletter/14-02-11/03.html

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